E aqui foram os 2 "aventureiros" por este rio acima.
Saimos às 1130 do Clube Naval do Guadiana, e comecámos a acelerar.
O caminho foi feito a 2 (mais 1) com muitas canas e troncos semi-submersos a obrigar a algumas curvas e abrandamentos. Pelo rio, inumeras embarcações à vela, muitas com aspecto de abandonado, outras com tripulantes para quem o tempo corre como a maré - ora para cima ora para baixo.
Rápidamente chegámos ao Pomarão e daí para cima, fomos bem mais devagar, as conversas mais quebradas à procura de uma rocha , de uma aguagem que nos indicasse que o destino tinha chegado e que deveriamos voltar para trás. Navegando sempre no terço esquerdo do rio, lá fomos pelas águas barrentas, convencidos que não chegariamos a Mértola por impedimento de um açude mais vincado. Pois deles, nem ver e lá fomos todos contentes e felizes por estarmos juntos, numa viagem com um cheiro a aventura, a perigo e muito carinho e amor.
E quase numa visão sebastiânica surgiu à nossa frente a vila de Mértola e o seu Castelo. Aqui vai uma fotografia que por infelicidade da caixa estanque ficou "um pouco" fosca - mas para a posteridade aqui vai.
Estacionámos uns momentos no cais de Mértola e conversámos com um Senhor que nos disse ser possivel subir mais 11 quilometros até aos canais, mas visto a condição do açude dos moinhos a montante da ponte não nos pareceu nada fácil.
Em contrapartida, uma descida dos Canais até Mértola de canoa, é uma perspectiva a ver a curto/médio prazo.
Aqui está a prova para quem não acreditar :
Feita a conversa com o simpático Mertolense, voltámos ao Pomarão para comer qualquer coisinha.
Feita a conversa com o simpático Mertolense, voltámos ao Pomarão para comer qualquer coisinha.
Chegados ao Pomarão tentámos o Bar Mira Rio que apesar de se ouvirem as discussões dos donos, estava fechado. Na Associação Recreativa Pomarense estava uma "excursão" de Motards Varaderos e não havia nem "sandes" para comer. Assim o merecido repasto foi substituido por um pacote de batata frita - cada um que nós não somos forretas - e uma "mine" para a Liliana e uma água para mim.
Seguimos para meter combustivel em Alcoutim e qual o nossos espanto quando, de Jerry-can na mão e sorriso nos lábios, ouvimos a resposta : "Combustivel aqui não, nem do lado espanhol... só a 6 quilometros na estrada para Vila Real".
Então vamos à procura de um taxi perguntando a 1 GNR. Chegados à praça de taxis só lá estava 1 no fundo da fila e sem condutor.
A Liliana subiu as escadas e foi ao café mais próximo perguntar pelo condutor. Só lá estava um homem que quando se voltou a olhou de olho cheio que o outro estava vazio e cego ... que susto ela apanhou, digo eu.
Lá demos com o numero do taxista na porta do "Caçador" fechado também. Ao ligar do telemovel a Liliana começa a fazer sinais de que me estavam a responder da porta do lado e lá apareceu um senhor a chamar pela mãe ... a taxista. E lá fomos, os três (a Liliana, eu e o Jerry Can) felizes e contentes buscar a gasolina para a Orca. Ainda assistimos à discussão entre a Gasolineira (Senhora) e o condutor do autocarro da Câmara sobre como o autocarro devia estar posicionado na bomba e quem devia abrir o tampão ... enfim excitações da tranquilidade.
Voltados à mota, lá pusemos o combustivel, uma parte no depósito, outra no rio - não é poluente que evapora logo, sim? - e outa nas mãos da Liliana que aproveitou os aromáticos para desentupir o nariz.
O caminho de volta a Vila Real foi mais tranquilo, menos canas afastadas pelo vento, mais ondas trazidas pelo vento. É assim a vida, leva e traz.
No total batemos 136.6 km em 6 horas de navegação, batatas fritas, taxi e muito prazer.
A nós trouxe-nos um dia maravilhoso num fim de semana fantástico. Levou-nos a ver coisas bonitas, a vencer dificuldades e a realizar um sonho - nós.
A nós trouxe-nos um dia maravilhoso num fim de semana fantástico. Levou-nos a ver coisas bonitas, a vencer dificuldades e a realizar um sonho - nós.
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