quinta-feira, 25 de outubro de 2007

DA MORTE VOLTA SEMPRE EM VIDA

Sérgio Godinho - Às Vezes O Amor

Que hei-de eu fazer
Eu tão nova e desamparada
Quando o amor
Me entra de repente
P´la porta da frente
E fica a porta escancarada

Vou-te dizer
A luz começou em frestas
Se fores a ver
Enquanto assim durares
Se fores amada e amares
Dirás sempre palavras destas

P´ra te ter
P´ra que de mim não te zangues
Eu vou-te dar
A pele, o meu cetim
Coração carmesim
As carnes e com elas sangues

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
é cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo

E se um dia a razão
Fria e negra do destino
Deitar mão
À porta, à luz aberta
Que te deixe liberta
E do pássaro se ouça o trino

Por te querer
Vou abrir em mim dois espaços
P´ra te dar
Enredo ao folhetim
A flor ao teu jardim
As pernas e com elas braços

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês, é dor,
É cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo

Mas se tudo tem fim
Porquê dar a um amor guarida
Mesmo assim
Dá princípio ao começo
Se morreres só te peço
Da morte volta sempre em vida

Às vezes o amor
No calendário, noutro mês é dor,
É cego e surdo e mudo

E o dia tão diário disso tudo
Da morte volta sempre em vida

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

AMAR

AMAR É DAR, É PARTILHAR, É FAZER O OUTRO FELIZ, AMAR É CONFIAR É ACREDITAR

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

SSDL 2

Os três votos do Dalai Lama
Sua Santidade o XIV Dalai Lama costuma apresentar-se como um "simples monge budista".
Para quem não se apercebeu no Pavilhão Atlântico e antes de entrar na sala, Sua Santidade esteve com 3 pessoas com problemas de saúde muito dificeis.
Quando entrou em palco começou por esclarecer que não era um Deus mas um simples homem, que não tinha poderes de curar.
Contou que numa viagem aos Estados Unidos uma vez um Americano grande lhe apertou energicamente a mão e com isso magoou-o num dos seus dedos. "Se houver alguem na plateia capaz de curar o meu dedo eu agradeço".

Nas suas comunicações e visitas a todo o mundo, S.S. tem proposto e ensinado valores fundamentais como a compaixão, a tolerância e o perdão. S.S. o Dalai Lama assinala três objectivos de vida com os quais se sente particularmente comprometido :

1. Defesa de Valores Humanos
O primeiro objectivo de S.S., enquanto ser humano, consiste em servir a humanidade e o mundo. O vencedor do Prémio Nobel acredita que valores humanos fundamentais como a compaixão e a paciência constituem a verdadeira fonte da felicidade. Estas atitudes não são necessariamente decorrentes da fé religiosa. Todos os seres humanos têm em si o potencial da compaixão e da não-violência. O Dalai Lama tem assim como objectivos fundamentais a promoção destes valores interiores como a compaixão, a tolerância, o amor, a bondade e a paz.

2. Defesa de um relacionamento harmónico entre as religiões
Enquanto monge budista e praticante religioso, o Dalai Lama tem como intenção a defesa e promoção da harmonia entre as diferentes tradições religiosas. Todas as religiões têm na sua base os mesmos valores éticos como a compaixão, o amor, a bondade e a misericórdia. Todavia, uma vez que os seres humanos têm diferentes temperamentos e inclinações é importante e necessário que existam diversas religiões no nosso mundo. A compreensão mútua, o respeito e a consideração constituem assim as condições prévias a uma relação harmónica entre as diferentes tradições.
Num dos seus ensinamentos em Lisboa, Sua Santidade insistia que mudar de religião não é importante porque em todas encontramos os mesmos valores e fundamentalmente a compaixão. O segredo está em como nós as vivemos.

3. O Bem-estar do povo tibetano
Enquanto líder do povo tibetano, S.S. o Dalai Lama sempre se tem preocupado com o destino do Tibete, trabalhando incansavelmente por uma solução não violenta da questão tibetana. Nas suas viagens e encontros de discussão com políticos e representantes dos media, o Dalai Lama insiste na necessidade de ser reconhecido aos tibetanos o direito a uma verdadeira auto-determinação.

Se isto não é bom senso então o que é?

SUBIDA DO GUADIANA

Sábado, 6 de Outubro de 2007


E aqui foram os 2 "aventureiros" por este rio acima.
Saimos às 1130 do Clube Naval do Guadiana, e comecámos a acelerar.
O caminho foi feito a 2 (mais 1) com muitas canas e troncos semi-submersos a obrigar a algumas curvas e abrandamentos. Pelo rio, inumeras embarcações à vela, muitas com aspecto de abandonado, outras com tripulantes para quem o tempo corre como a maré - ora para cima ora para baixo.

Rápidamente chegámos ao Pomarão e daí para cima, fomos bem mais devagar, as conversas mais quebradas à procura de uma rocha , de uma aguagem que nos indicasse que o destino tinha chegado e que deveriamos voltar para trás. Navegando sempre no terço esquerdo do rio, lá fomos pelas águas barrentas, convencidos que não chegariamos a Mértola por impedimento de um açude mais vincado. Pois deles, nem ver e lá fomos todos contentes e felizes por estarmos juntos, numa viagem com um cheiro a aventura, a perigo e muito carinho e amor.

E quase numa visão sebastiânica surgiu à nossa frente a vila de Mértola e o seu Castelo. Aqui vai uma fotografia que por infelicidade da caixa estanque ficou "um pouco" fosca - mas para a posteridade aqui vai.


Estacionámos uns momentos no cais de Mértola e conversámos com um Senhor que nos disse ser possivel subir mais 11 quilometros até aos canais, mas visto a condição do açude dos moinhos a montante da ponte não nos pareceu nada fácil.


Em contrapartida, uma descida dos Canais até Mértola de canoa, é uma perspectiva a ver a curto/médio prazo.

Aqui está a prova para quem não acreditar :

Feita a conversa com o simpático Mertolense, voltámos ao Pomarão para comer qualquer coisinha.




Chegados ao Pomarão tentámos o Bar Mira Rio que apesar de se ouvirem as discussões dos donos, estava fechado. Na Associação Recreativa Pomarense estava uma "excursão" de Motards Varaderos e não havia nem "sandes" para comer. Assim o merecido repasto foi substituido por um pacote de batata frita - cada um que nós não somos forretas - e uma "mine" para a Liliana e uma água para mim.

Seguimos para meter combustivel em Alcoutim e qual o nossos espanto quando, de Jerry-can na mão e sorriso nos lábios, ouvimos a resposta : "Combustivel aqui não, nem do lado espanhol... só a 6 quilometros na estrada para Vila Real".







Então vamos à procura de um taxi perguntando a 1 GNR. Chegados à praça de taxis só lá estava 1 no fundo da fila e sem condutor.

A Liliana subiu as escadas e foi ao café mais próximo perguntar pelo condutor. Só lá estava um homem que quando se voltou a olhou de olho cheio que o outro estava vazio e cego ... que susto ela apanhou, digo eu.

Lá demos com o numero do taxista na porta do "Caçador" fechado também. Ao ligar do telemovel a Liliana começa a fazer sinais de que me estavam a responder da porta do lado e lá apareceu um senhor a chamar pela mãe ... a taxista. E lá fomos, os três (a Liliana, eu e o Jerry Can) felizes e contentes buscar a gasolina para a Orca. Ainda assistimos à discussão entre a Gasolineira (Senhora) e o condutor do autocarro da Câmara sobre como o autocarro devia estar posicionado na bomba e quem devia abrir o tampão ... enfim excitações da tranquilidade.

Voltados à mota, lá pusemos o combustivel, uma parte no depósito, outra no rio - não é poluente que evapora logo, sim? - e outa nas mãos da Liliana que aproveitou os aromáticos para desentupir o nariz.

O caminho de volta a Vila Real foi mais tranquilo, menos canas afastadas pelo vento, mais ondas trazidas pelo vento. É assim a vida, leva e traz.

No total batemos 136.6 km em 6 horas de navegação, batatas fritas, taxi e muito prazer.

A nós trouxe-nos um dia maravilhoso num fim de semana fantástico. Levou-nos a ver coisas bonitas, a vencer dificuldades e a realizar um sonho - nós.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

NOTAS MUITO BÁSICAS

O bom senso é de facto maravilhoso. Pena que não se ensine, não se compre, não se venda, não se dê, o que faz com que seja muito dificil de encontrar.

Sua Santidade Dalai Lama tem de facto o dom de espalhar esse bom senso ao nos recolocar no valor mais fundamental - a felicidade dos outros. Só se os outros forem felizes é que nós podemos também ser; a chamada COMPAIXÃO (não dos coitadinhos mas daqueles que nos rodeiam e que amamos).

Não é uma questão desta ou daquela religião e muito menos uma questão religiosa. É uma questão de bom senso, de humanidade, de valores tão básico que vem do leite materno.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

FOTO

Esta é a equipa maravilhosa da Unidade de Apoio Logistico que teve o previlégio de apoiar na logistica e na segurança a visita de Sua Santidade Dalai Lama.
Paulo Farinha, Alberto, Hugo, Bruno, Ricardo, Valadas, Paulo Barreto, Vasco, Vitor, Liliana, João Paulo, Osiris, Diogo, Ula e Mónica.
Neste momento (6 da manhã de 2ª feira) estavam já no aeroporto a tratar das bagagens de Sua Santidade e comitiva, os irmão Cotovio( TòZé e Nuno), o Aristides e eu.
Mas de toda a forma sei que todos nos re(vemos) nesta foto e sentimos que estamos aí.
Fico com pena dos meus netos mas para mim (nós) o ter estado com Sua Santidade e com esta equipa foi dos melhores momentos da minha vida